De volta ao Rio, Parada do Orgulho LGBTQIAP+ pede respeito e fim do preconceito

A 27ª edição do evento aconteceu neste domingo (27), em Copacabana, na Zona Sul do Rio

Por João Boueri

A Parada do Orgulho LGBTQIAP+ voltou ao Rio de Janeiro após dois anos David Souza/Prefeitura do Rio
A Parada do Orgulho LGBTQIAP+ voltou ao Rio de Janeiro após dois anos
David Souza/Prefeitura do Rio

Respeito por todos e luta contra o preconceito. Foi com esse ideal que milhares de pessoas se reuniram na tarde deste domingo (27) em Copacabana, na Zona Sul do Rio. A 27ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIAP+ voltou ao Rio de Janeiro após dois anos, em decorrência da pandemia de Covid-19.

Uma bandeira de 124 metros foi estendida na Avenida Atlântica. A organização do projeto cultural do Grupo Arco-Íris incluiu novos símbolos e cores. O amarelo representa as pessoas intersexo; o branco, o rosa e o azul homenageiam as pessoas trans; e o marrom e o preto em alusão à luta antirrascista. O objeto também faz referência à luta contra a aids.  

Um dos trios elétricos homenageou o ator Paulo Gustavo, que morreu em maio do ano passado, vítima da Covid-19. O humorista era uma das principais vozes pelo combate à homofobia.

A influencer Bárbara Aires diz que é emocionante estar após dois anos em Copacabana. Para a consultora de gênero, o fato da população LGBT se reunir é uma forma de dizer à sociedade que ela existe. Bárbara também fala sobre a questão da empregabilidade para transsexuais e travestis.

Kelly de Oliveira é integrante do projeto Garupa, que busca identificar pessoas trans e travestis em vulnerabilidade para cadastro na rede municipal de saúde. Para ela, é um orgulho participar da Parada.  

A vereadora do Rio Mônica Benício, viúva de Marielle Franco, comentou sobre as propostas aprovadas para o público LGBTQIAP+ e fez questão de citar o deputado federal David Miranda, casado com um jornalista norte-americano. O parlamentar está internado desde agosto com uma infecção generalizada em um hospital da rede privada da capital fluminense.

Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais e da Transgender, organização europeia que trabalha pelo combate à discriminação contra pessoas trans, o Brasil lidera, pelo 14º ano consecutivo, o ranking internacional de assassinatos de travestis e transexuais no mundo. A cada dois dias uma travesti ou mulher transexual é assassinada no país.

Mais de 50 cantores, DJs e drag queens se apresentaram na 27° edição da Parada do Orgulho. A Prefeitura do Rio também distribuiu adesivos, panfletos e preservativos para os presentes, além de prestar atendimento jurídico e psicossocial.

Mais notícias

Carregar mais