Decisão do STJ sobre planos de saúde segue causando polêmica

Decisão prevê exceções na cobertura de tratamentos listados pela ANSS, mas para isso é preciso seguir alguns critérios, que se tornaram ainda mais rigorosos

Mariana Procópio

Decisão causou mudanças nos planos de saúde Arquivo/Agência Brasil
Decisão causou mudanças nos planos de saúde
Arquivo/Agência Brasil

A decisão do Superior Tribunal de Justiça, que limitou a cobertura dos planos de saúde aqueles tratamentos listados pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar,  prevê que pode haver exceções, mas para isso é preciso seguir alguns critérios, que se tornaram ainda mais rigorosos. Não pode existir tratamento equivalente listado e, além do laudo médico, é preciso comprovação científica e recomendação de órgãos técnicos e internacionais.

Embora a decisão cite o respaldo de órgãos como Conitec, ligado ao Ministério da Saúde, e Natjus, do Conselho Nacional de Justiça, não há exigência de nenhuma entidade específica. O advogado da Federação Nacional de Saúde Suplementar, Guilherme Valdetaro, explica que, na prática, a avaliação final fica a cargo do juiz.

Hoje, o que STJ entendeu é que a posição do médico isolada não é superior a posição da agência. Por isso, que é preciso provar que é ANS que se equivocou, mostrando o ponto vista científico que aquele tratamento é adequado e necessário.

A Sociedade Brasileira de Patologia criticou a decisão da corte. Para um dos vice-presidentes do órgão, o médico patologista Emilio Assis, a mudança tem impacto maior entre os mais pobres.

Entidades que representam pessoas com deficiência e doenças raras afiram que vão recorrer da decisão no STF.

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