A Defensoria Pública do Rio afirma que de 90 requisições feitas pelo órgão por imagens das câmeras nas fardas policiais, 51 ofícios não foram respondidos. Além disso, somente três imagens completas foram enviadas ao Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos. A informação faz parte de um relatório da instituição.
O documento foi protocolado no Supremo Tribunal Federal no processo que determina restrições em operações policiais em comunidades. Segundo o ofício, os pedidos foram feitos pela Defensoria entre os dias 27 de abril e 31 de julho, com um prazo de 15 dias para resposta.
Segundo o coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, André Castro, o funcionamento do sistema e a transparência ainda precisam ser aprimorados.
As solicitações correspondem a relatos de tortura ou maus tratos sofridos entre o momento da prisão e a apresentação audiência de custódia e mortes em decorrência de intervenção de agentes de segurança.
Segundo a instituição, das requisições, 24 retornaram com exigências e sete contavam com respostas negativas por inexistência de imagens. Além disso, cinco solicitações contavam com imagens estranhas ao pedido ou incompletas. Em apenas três casos houve envio dos vídeos com o momento da abordagem policial e a prisão.
No entanto, de acordo com a Defensoria, em duas delas, a câmera é bloqueada ou as imagens são totalmente escuras em alguns trechos.