Defesa de cônsul alemão Uwe Herbert Hahn entra com novo pedido de liberdade

Diplomata está preso desde o dia 6 de agosto, acusado de matar o marido, Walter Henri Maximillen

Por João Boueri

Uwe Hahn, à direita, e seu marido, Walter, à esquerda Reprodução/Redes Sociais
Uwe Hahn, à direita, e seu marido, Walter, à esquerda
Reprodução/Redes Sociais

A defesa do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn entra com novo pedido de liberdade, agora na Justiça do Estado. O diplomata está preso desde o dia 6 de agosto, acusado de matar o marido, o belga Walter Henri Maximillen, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

O irmão da vítima disse à Polícia Civil que a relação do casal era de amor e ódio e que o cônsul alemão sempre tentava ser o centro das atenções. Ele disse que o irmão relatava constantes agressões físicas e que Walter pretendia prestar queixa na delegacia. O parente relata ainda que o belga disse que vivia em um inferno e que o casal havia se separado há dois anos, mas reataram o relacionamento. Ainda segundo o irmão, Walter tentou ligar para ele no dia do crime, mas a ligação não foi concluída.

Segundo a polícia, a versão contada pelo cônsul, de que ele teria caído após um mal súbito, é incompatível com o exame de necropsia e a perícia realizada no apartamento.

O laudo revela que o corpo da vítima apresentava mais de 30 lesões na cabeça, no tronco e nos membros, que sugerem espancamento. A causa da morte foi traumatismo craniano.

Em depoimento à Polícia Civil, a síndica do prédio em que o casal morava disse que os moradores do condomínio falavam entre si sobre as brigas do casal.

O Supremo Tribunal Federal já havia adiado o julgamento do outro pedido de relaxamento da prisão do diplomata para manifestação da Polícia Civil acerca das justificativas da defesa, que alega irregularidade na prisão em flagrante e realização de uma ''entrevista informal'' com Uwe sem que fosse mencionado o direito constitucional ao silêncio.

No processo protocolado na Justiça do Estado, a defesa alega que o diplomata está preso sem relatório final da investigação. Os advogados apontam que o Código de Processo Penal estabelece o prazo de 10 dias para término das investigações da Polícia Civil.

*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes

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