A delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, indica que o mandante tem foro privilegiado. A informação é do Jornal O Globo. Segundo a reportagem, como a delação dele está no Superior Tribunal de Justiça, isso indica que o mandante tem foro por prerrogativa de função.
Um nome que já foi apontado como suspeita como mandante do crime é do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão. Ele é suspeito de obstrução nas investigações da morte da vereadora.
Teria cometido o crime após ser afastado do TCE, em 2017, após a operação Quinto do Ouro, desdobramento da operação Lava-Jato que investigou o pagamento de propinas para autorizar obras superfaturadas do Estado e contratos irregulares com empresas de ônibus do Rio.
Na segunda-feira, o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, disse que antes do governo atual faltou vontade política para resolver mais rápido o caso.
Em publicação nas redes sociais no domingo (21), Cappelli disse que em pouco mais de um ano, o trabalho da Polícia Federal em conjunto com o ministério conseguiu avançar nas investigações. O secretário ainda garantiu que o crime será esclarecido em breve.
Atualmente, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa e o policial reformado Ronnie Lessa estão presos, acusados de envolvimento nos assassinatos.
A defesa de Brazão afirma ser improcedente a relação do ex-deputado com o caso Marielle.