A Polícia Federal apreendeu o passaporte e uma arma do deputado federal Carlos Jordy, do PL, durante a vigésima quarta fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (18). Segundo o próprio político, os agentes que foram até a casa dele ainda levaram um computador, um celular e cerca de mil reais em espécie.
Os policiais cumpriram oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e outros dois no Distrito Federal, incluindo o gabinete do parlamentar na Câmara dos Deputados.
A ação investiga suspeitos de planejar, financiar ou incitar atos antidemocráticos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, como o bloqueio de rodovias e os acampamentos na porta de quartéis após a eleição do presidente Lula e a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, no dia 8 de janeiro.
No fim da manhã, o deputado Carlos Jordy foi à Superintendência da Polícia Federal no Centro do Rio de forma voluntária, para prestar depoimento. O parlamentar negou ter participado direta ou indiretamente de algum ato antidemocrático. Ele também disse ser vítima perseguição às vésperas da eleição municipal, já que é pré-candidato à Prefeitura de Niterói, na Região Metropolitana.
O parlamentar afirma que a arma encontrada na casa dele é regularizada.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A PF diz que os investigados teriam praticado atos antidemocráticos no estado do Rio.
Os acusados podem responder pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.
Nas fases anteriores da Operação Lesa Pátria, os agentes cumpriram 97 mandados de prisão preventiva e outros 313 de busca e apreensão. Mais de R$ 11 milhões em bens foram apreendidos, além de veículos avaliados em R$ 13 milhões.