As imagens das câmeras acopladas nas fardas dos policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do menino de 11 anos em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, já foram enviadas para análise da Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, responsável pelas investigações.
Djalma de Azevedo, uma criança com autismo, foi baleado quando saía de casa, no condomínio Minha Casa Minha Vida do distrito de Inoã, para a escola, na manhã de quarta-feira (12). Ele estava uniformizado e acompanhado da mãe. Familiares e moradores do conjunto habitacional acusam PMs de terem chegado atirando no local. As armas dos policiais foram apreendidas pela DH.
O corpo do menino foi enterrado na tarde desta quinta-feira (13), no Cemitério Municipal de Maricá. Os familiares lamentaram a morte de Djalma e pediram justiça.
A Polícia Militar afirma que os agentes estavam em patrulhamento quando foram atacados por criminosos, perto do condomínio. A nota ainda diz que após o confronto, os policiais encontraram o menino já morto. Segundo a corporação, a viatura usada pelos agentes também foi atingida por tiros. Os criminosos fugiram.
De acordo com a plataforma Fogo Cruzado, com o caso de Djalma, subiu para 15 o número de crianças baleadas no Grande Rio, este ano. Dessas, seis acabaram morrendo. Um levantamento do órgão ainda aponta que 101 pessoas foram vítimas de balas perdidas em 2023 e 31 delas morreram. Cinquenta e sete vítimas foram atingidas durante ações e operações policiais.