
A Delegacia de Homicídios da Capital vai ouvir, nesta terça-feira (1º), o dono do quiosque Tropicália, onde o congolês foi morto a pancadas, na última quinta-feira (24).
A Polícia Civil já ouviu algumas testemunhas e outras ainda estão previstas para esta semana. Imagens das câmeras de segurança também estão sendo analisadas.
O refugiado congolês Moïse Kabagambe foi encontrado sem vida, com mãos e pés amarrados e sinais de espancamento próximo de um quiosque onde trabalhava.
Membros da ONG Unegro protestaram em frente à unidade. A presidente do órgão, Cláudio Vitalino, afirma que o grupo não vai permitir que o crime fique impune.
Num país que diz não ser racista, um trabalhador, quando existe seu salário, é executado. Do contrário, ele já estaria preso. Se a família não tivesse se manifestado, seria mais um. Até quando seremos julgados e tratados pela cor da nossa pele? Ainda recebemos os menores salários, menos acesso à educação. Não pedimos migalhas, mas oportunidade, direitos e não vamos deixar que isso fique impune, declarou.
No próximo sábado (5), o grupo vai fazer uma manifestação, em frente ao quiosque Tropicália, para pedir às autoridades para que o dono do estabelecimento não tenha mais permissão para comercializar no Estado.
O governador do Rio, Cláudio Castro, se manifestou, através das redes sociais. Segundo ele, a polícia está identificando os culpados e o crime não ficará impune.
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