A Polícia Civil procura um terceiro envolvido no roubo, tortura e extorsão de uma pessoa em Copacabana, na Zona Sul do Rio, durante um suposto encontro marcado por aplicativo. No sábado (10), duas suspeitas dos crimes foram localizadas, quase três meses após os mandados serem expedidos. Laura da Silva Lucas foi presa, e uma adolescente de 14 anos foi apreendida.
De acordo com as investigações, em abril, Laura marcou um encontro com a vítima por uma plataforma on-line. Ela levou a adolescente. No apartamento da vítima, as duas amarraram o homem em uma cadeira e o extorquiram. Ele ainda foi ameaçado com uma faca e uma arma de fogo. O delegado Ângelo Lages diz que ele foi torturado física e psicologicamente.
Ainda segunda a polícia, a vítima foi obrigada a ligar para parentes, para pedir que fizessem transferências. A mulher e a adolescente só deixaram o local após quase cinco horas, levando ainda o celular da vítima e outros objetos, além de itens comprados na rua com o cartão dele. O homem gritou por socorro perto da janela e foi resgatado pelo porteiro.
A vítima disse em depoimento que Laura narrava o que estava fazendo pelo celular para o companheiro dela, identificado como Guilherme de Oliveira Florêncio. Ele está foragido. A vítima também contou que, dias depois do crime, a namorada dele chegou a receber ameaças de morte por mensagens, exigindo que ele retirasse a queixa na delegacia.
Laura chegou a passar cerca de dois meses escondida no Paraguai, mas voltou ao Brasil. Ela foi encontrada em um restaurante em Botafogo, a partir de reconhecimento facial. A adolescente foi localizada em Magé, na Baixada Fluminense.
As duas confessaram os crimes e apontaram a participação de Guilherme. No entanto, Laura disse que a adolescente também tinha um envolvimento amoroso com Guilherme e que os dois teriam sido os responsáveis pelo planejamento do crime. Além disso, a mulher afirmou à polícia que as ameaças e agressões à vítima teriam sido feitas pela menor. A adolescente, por outro lado, disse que as ameaças foram feitas por Laura, que estaria usando uma réplica de arma de fogo no dia do crime. Ela disse ainda que não sabia do perfil dela na plataforma de relacionamento, que seria administrado por Guilherme, e que praticou os crimes a mando dele, porque estava devendo R$ 15 mil ao então namorado.
Já a menor apontou Guilherme como o mandante do crime e comparsa de Laura.
A Polícia também descobriu que, em maio, a dupla e uma terceira mulher praticaram um crime semelhante com um homem no Cachambi, na Zona Norte do Rio.
Envolvidas em roubo, tortura e extorsão de homem
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