Eletronuclear afirma que vazamentos em Angra 1 não causou danos ao meio ambiente

De acordo com o diretor Ricardo Santos as substâncias tinham baixo teor radioativo, em quantidade prevista pela legislação

Por Gabriela Souza

Eletronuclear afirma que vazamentos em Angra 1 não causou danos ao meio ambiente
Eletronuclear afirma que vazamentos em Angra 1 não causou danos ao meio ambiente
Agência Brasil

O diretor de operação e comercialização da Eletronuclear, Ricardo Santos, afirma que o vazamento de material radioativo na usina Angra 1, na Costa Verde Fluminense, não ocasionou nenhum tipo de prejuízo às pessoas, nem ao meio ambiente. A declaração foi dada durante audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16). O debate durou cerca de três horas.

De acordo com o diretor Ricardo Santos, houve uma liberação não programada na usina de cerca de 90 litros de água, o equivalente a dois tanques de combustível de um carro popular. Mas, segundo ele, as substâncias tinham baixo teor radioativo, em quantidade prevista pela legislação.

O episódio ocorreu em setembro do ano passado, mas só foi avisado oficialmente às autoridades três semanas depois. O caso foi revelado pela reportagem da BandNews FM ainda naquele mês. A Eletronuclear negou o ocorrido, mas, depois, mudou a versão e admitiu o vazamento.

Durante a audiência desta terça, representantes de órgãos ambientais e prefeitos da Costa Verde criticaram a demora da Eletronuclear para notificar os órgão competentes. 

O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, afirmou que houve omissão por parte da empresa e também acusou a Eletronuclear de falta de repasses para o municípios de Angra e Paraty. 

Em outra audiência sobre o caso, realizada no dia 12 de abril na Câmara dos Vereadores de Angra, a Eletronuclear informou que estava revisando as normas de comunicação de eventos após o vazamento.

Após o fato, a Comissão Nacional de Energia Nuclear e o Ibama realizaram uma inspeção na usina. A empresa foi multada em mais de  R$ 2 milhões pelo descarte irregular de substância radioativa e por não ter comunicado o caso imediatamente.

Em nota, a Eletronuclear disse que a notificação imediata não era prevista por lei para as condições do vazamento de setembro e, por isso, recorreu do auto de infração emitido pelo Ibama. A empresa disse ainda que a liberação dos recursos para as Prefeituras depende da apresentação de projetos ligados aos temas previstos nas licenças. 

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