Menos de quatro em cada 10 empresas nascidas em 2017 continuaram existindo em 2022. A taxa de sobrevivência foi de 37,3%. Segundo pesquisa do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (5), mesmo um ano após a abertura, de 2017 para 2018, mais de 20% das novas empresas não conseguiram se manter.
A maior parte dos empreendimentos é de pequeno porte. Em 2022, a maioria das novas empresas tinha apenas de 1 a 9 funcionários.
A dona de um salão de beleza no Rio de Janeiro, Mirlen Goulart, diz que uma das principais dificuldades de manutenção no mercado é o alto investimento necessário para competir com grandes companhias.
Para o analista da pesquisa, Eliseu Oliveira, dois fatores influenciam diretamente nesse cenário: que as empresas de pequeno porte também sofrem mais com mudanças na economia, como na taxa de câmbio, e o fato de muitas empresas serem criadas por pessoas desempregadas que, ao encontrarem vagas, fecham os empreendimentos.
As empresas de Eletricidade e Gás apresentaram a maior taxa de sobrevivência (89,1%) após um ano e 58% após 5 anos, enquanto a de Construção apresentaram a menor, 66,1% e 26,2% para o mesmo período.
Apesar disso, ainda segundo o IBGE, a resiliência das empresas vem crescendo dentro do período de um a dois anos.
O número de novas empresas também vem aumentando no país. A taxa de empregadoras nascidas em 2022 foi de 15,3%, a maior desde 2017. Foram 405,6 mil novas companhias. O resultado mostra a retomada depois da pandemia, já que, em 2020, o índice estava em 10,7%.
Em 2022, 1,7 milhão de pessoas foram empregadas pelas novas empresas. O setor com maior taxa foi o Comércio (39,4%).
No total, o Brasil tinha 7,9 milhões de empresas ativas naquele ano, 2,6 milhões empregadoras.