Cerca de 20 pessoas tiveram juntas um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões ao aportarem recursos em uma empresa de investimentos. Os valores foram aplicados na Fast Crédito, sediada no Centro do Rio.
Diferentemente do que acontece geralmente em outros golpes, dessa vez, a rentabilidade mensal prometida não era tão mais alta do que o valor praticado pelo mercado: as taxas variavam de 2% a 5%. Só que, desde o meio do ano, a empresa não fez mais repasses, deixando as vítimas com altas dívidas junto às instituições bancárias.
Algumas medidas podem ser tomadas para evitar o problema. Especialistas aconselham três cuidados: análise da solidez da empresa e do tempo dela no mercado e uma pesquisa sobre a vida profissional dos gestores do fundo. O professor Ricardo Teixeira, que coordena o curso de MBA em Gestão Financeira da Fundação Getúlio Vargas, destaca que essas premissas podem evitar dissabores.
Muitas pessoas, para conseguirem investir na Fast Crédito, fizeram empréstimos bancários. Algumas chegaram a realizar um financiamento de R$ 500 mil. Parte do valor total chegou a ser devolvido em parcelas mensais, acrescidas dos ganhos prometidos. As taxas variavam de acordo com o capital aplicado.
Agora, diante do novo cenário, muitas vítimas se perguntam quais ações podem ser tomadas. A diretora de Fiscalização do Procon Estadual do Rio, Elisa Freitas, destaca que o primeiro passo do órgão é tentar um acordo amigável entre as partes. Ela afirma que, caso ele não aconteça, o caminho é abrir um processo administrativo e, eventualmente, acionar a Polícia Civil.
A Polícia Civil informou que segue investigando o caso e analisa se ele deve ser tratado na esfera criminal ou na cível. O Ministério Público do Rio também foi acionado por uma das vítimas e analisa a queixa-crime.