Escola 'Em Cima da Hora' não protocolou regularização de carro alegórico

O veículo da agremiação, que imprensou uma menina de 11 anos nos entornos da Sapucaí, vai ser periciado

Thuany Dossares

Raquel, de 11 anos, foi internada mas não resistiu aos ferimentos Divulgação
Raquel, de 11 anos, foi internada mas não resistiu aos ferimentos
Divulgação

A escola de samba ‘Em Cima da Hora’ não protocolou requerimento de regularização dos carros alegóricos junto ao Corpo de Bombeiros, de acordo com a corporação. O veículo da agremiação que imprensou uma menina de 11 anos nos entornos da Sapucaí vai ser periciado. O carro foi apreendido, nesta sexta-feira (22), pela Polícia Civil.

Raquel Antunes da Silva chegou a amputar uma das pernas e estava internada em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiu e morreu no início da tarde.

O acidente ocorreu na quarta-feira (20), quando Raquel subiu em um carro no primeiro dia de desfiles e teve as pernas imprensadas contra um poste.

Segundo a pastora Aline da Mota, amiga da família da menina, Raquel só tinha ido ver o carro alegórico enquanto brincava numa praça. Ela lamentou o caso que classificou como uma tragédia.

Na internet, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que vai acompanhar de perto a investigação policial que apura as responsabilidades desse caso.

Ontem, a Justiça do Rio determinou que todas as escolas de samba façam a escolta dos carros alegóricos até os barracões.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a única escola de samba que desfilou na Sapucaí no dia do acidente e procurou a corporação para regularizar os veículos foi a União da Ilha. No entanto, eles não tiveram a autorização liberada por conta de uma pendência de documentos.

A corporação informou que no dia 12 de abril enviou um ofício para a Liga Independente das Escolas de Samba informando que nenhuma agremiação dos grupos que desfilam tanto na Sapucaí, quanto na Intendente Magalhães havia protocolado requerimento de regularização dos carros.

No dia 18, no entanto, um novo documento foi emitido sobre as escolas que haviam entrado com a solicitação.

De acordo com a corporação, quando o processo não é concluído, a Liesa e a Liga do Rio, assumem ao lado das agremiações os riscos de possíveis acidentes.

Em nota, as duas ligas de Escolas de Samba do Rio se solidarizaram com a família de Raquel e disseram que estão abaladas com o caso. As ligas ainda ressaltaram que estão colaborando com as investigações, mas que o episódio ocorreu do lado de fora do Sambódromo.

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