
Duzentas escolas da rede estadual do Rio de Janeiro não apresentam climatização, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação. O número corresponde a cerca de 16% do total de unidades.
Com a intensa onda de calor, em menos de 24 horas, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação recebeu mais de 500 denúncias sobre as condições dos colégios. Dentre elas, 366 são da rede estadual.
Na capital fluminense, das 1.557 unidades, apenas 0,5% não são climatizadas. Porém, em outras cidades, o número é maior. Em São Gonçalo, na Região Metropolitana, por exemplo, das 114 escolas, apenas 26 possuem ar condicionado, segundo dados do Sepe.
A professora de uma creche de São Gonçalo, que preferiu não se identificar e teve a voz distorcida, conta que alunos e professores estão se sentindo mal dentro das salas de aulas por conta do calor extremo.
Em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, o índice de escolas sem climatização também é alto, chegando a aproximadamente 20%, já que das 110 unidades, apenas 23 são climatizadas.
Um professor do Colégio Estadual Parque Amorim, que preferiu não se identificar, relata que as salas contam apenas com ventiladores que não dão vazão durante os dias mais quentes. Segundo o educador, a unidade possui os aparelhos de ar-condicionado, mas não estão instalados.
Com medidas preventivas, as prefeituras de Itaguaí, na Baixada Fluminense, e Mangaratiba, na Costa Verde, decidiram encurtar o período das aulas nas escolas para enfrentar o alerta de temperaturas altas durante esta semana.
A Secretaria Estadual de Educação informou também que as unidades escolares possuem autonomia para suspender as aulas caso haja necessidade.
Na tarde desta quarta-feira (19), o SEPE se reúne com a Secretaria Estadual de Educação em uma audiência para discutir principalmente a climatização nas unidades. O grupo também solicitou um encontro com o município, mas ainda não há uma data confirmada.