Especialista critica montagem de cercadinhos na Praia do Forte, em Cabo Frio

O ingresso para acessar os "cercadinhos" da Praia do Forte custa cerca de 300 reais

Por Bruna Navarro

Especialista critica montagem de cercadinhos na Praia do Forte, em Cabo Frio
Espaços são usados para festas particulares durante o Carnaval
Reprodução

Um especialista ouvido pela BandNews FM acredita que a Prefeitura de Cabo Frio, na Região dos Lagos, está equivocada ao conceder autorização para a montagem de cercadinhos na Praia do Forte para a promoção de festas particulares durante o Carnaval.

A medida do município permite que a Associação dos Blocos da cidade utilize tapumes altos, de 2,5 m de altura, justamente na parte mais nobre da orla, conhecida como Bolsão da Juju.

O especialista em Direito Público, Eduardo Antunes, explica que as praias são bens da União, ou seja, o governo federal é que tem gerencia sobre elas. Ao município cabe apenas o ordenamento territorial, levando em consideração o interesse público, como a segurança da população.  

O ingresso para acessar os "cercadinhos" da Praia do Forte custa cerca de 300 reais. A área sempre foi utilizada como ponto de concentração de diversos blocos gratuitos. Quem vive na região acredita que a iniciativa é uma privatização da folia.

Em nota, a prefeitura de Cabo Frio informou que depois de muito diálogo sobre o Carnaval, decidiu por conceder a autorização para a Associação dos Blocos utilizar a área conhecida como Bolsão da Juju, mediante pagamento de imposto.

Na cidade do Rio, o uso de cercadinhos na areia da Praia de Copacabana gerou polêmica e discussão no Reveillon de 2023. Já última virada de ano, a Prefeitura combateu a irregularidade e caçou a licença de pelo menos 23 barracas e quiosques que fizeram cercadinhos para cobrar o ingresso de pessoas.

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