Um especialista ouvido pela BandNews FM acredita que a Prefeitura de Cabo Frio, na Região dos Lagos, está equivocada ao conceder autorização para a montagem de cercadinhos na Praia do Forte para a promoção de festas particulares durante o Carnaval.
A medida do município permite que a Associação dos Blocos da cidade utilize tapumes altos, de 2,5 m de altura, justamente na parte mais nobre da orla, conhecida como Bolsão da Juju.
O especialista em Direito Público, Eduardo Antunes, explica que as praias são bens da União, ou seja, o governo federal é que tem gerencia sobre elas. Ao município cabe apenas o ordenamento territorial, levando em consideração o interesse público, como a segurança da população.
O ingresso para acessar os "cercadinhos" da Praia do Forte custa cerca de 300 reais. A área sempre foi utilizada como ponto de concentração de diversos blocos gratuitos. Quem vive na região acredita que a iniciativa é uma privatização da folia.
Em nota, a prefeitura de Cabo Frio informou que depois de muito diálogo sobre o Carnaval, decidiu por conceder a autorização para a Associação dos Blocos utilizar a área conhecida como Bolsão da Juju, mediante pagamento de imposto.
Na cidade do Rio, o uso de cercadinhos na areia da Praia de Copacabana gerou polêmica e discussão no Reveillon de 2023. Já última virada de ano, a Prefeitura combateu a irregularidade e caçou a licença de pelo menos 23 barracas e quiosques que fizeram cercadinhos para cobrar o ingresso de pessoas.