No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quinta-feira, especialistas alertam para os riscos da queda na adesão da vacinação infantil contra doenças como sarampo e poliomielite no Rio de Janeiro.
Um levantamento da Gerência de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde aponta que a taxa de imunização da primeira dose da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, passou de cerca de 94% em 2017 para menos de 56% no ano passado.
Diante da baixa cobertura, no ano passado, foram registrados 1.302 casos de sarampo no Rio um aumento de 147% em relação a 2019.
Já a aplicação da primeira dose da vacina contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, caiu aproximadamente 41% nos últimos 5 anos.
A infectopediatra e especialista em Vigilância em Saúde pelo Ministério da Saúde, Melissa Palmieri, alerta para as sequelas que essas doenças podem causar.
O último caso de infecção por poliomielite no Brasil ocorreu em 1989, na cidade de Souza, no estado da Paraíba. Em 1994, o país recebeu o certificado de eliminação da pólio.
Por erradicar doenças e diminuir a mortalidade, a especialista em Gestão de Saúde e membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ, Chrystina Barros afirma que imunizar o publico infantil é criar uma barreira de proteção.
Desde janeiro deste ano, o Ministério da Saúde autorizou a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, e da CoronaVac para crianças de 6 a 11 anos.
O esquema vacinal prevê duas doses: no caso da Pfizer, o intervalo é de oito semanas; e para a CoronaVac, 28 dias. A cobertura vacinal nesta faixa etária em todo o estado está em 32%, com mais de 500 mil doses já aplicadas.