Especialistas alertam para risco em queda na adesão de vacinação infantil

Doenças como sarampo e poliomielite tiveram queda no número de vacinados no Rio de Janeiro

Gabriela Souza

Diante da baixa cobertura, no ano passado, foram registrados 1.302 casos de sarampo no Rio Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Diante da baixa cobertura, no ano passado, foram registrados 1.302 casos de sarampo no Rio
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quinta-feira, especialistas alertam para os riscos da queda na adesão da vacinação infantil contra doenças como sarampo e poliomielite no Rio de Janeiro.

Um levantamento da Gerência de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde aponta que a taxa de imunização da primeira dose da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, passou de cerca de 94% em 2017 para menos de 56% no ano passado.

Diante da baixa cobertura, no ano passado, foram registrados 1.302 casos de sarampo no Rio um aumento de 147% em relação a 2019.

Já a aplicação da primeira dose da vacina contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, caiu aproximadamente 41% nos últimos 5 anos.

A infectopediatra e especialista em Vigilância em Saúde pelo Ministério da Saúde, Melissa Palmieri, alerta para as sequelas que essas doenças podem causar.

O último caso de infecção por poliomielite no Brasil ocorreu em 1989, na cidade de Souza, no estado da Paraíba. Em 1994, o país recebeu o certificado de eliminação da pólio.

Por erradicar doenças e diminuir a mortalidade, a especialista em Gestão de Saúde e membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ, Chrystina Barros afirma que imunizar o publico infantil é criar uma barreira de proteção.

Desde janeiro deste ano, o Ministério da Saúde autorizou a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, e da CoronaVac para crianças de 6 a 11 anos.

O esquema vacinal prevê duas doses: no caso da Pfizer, o intervalo é de oito semanas; e para a CoronaVac, 28 dias. A cobertura vacinal nesta faixa etária em todo o estado está em 32%, com mais de 500 mil doses já aplicadas.

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