
Especialistas apontam que a ingestão de corpos estranhos é um risco para crianças. Ao todo, em 2024, 104 casos foram registrados no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Equipes da unidade de saúde observaram que, durante o verão, no período de férias escolares, o índice cresce ainda mais.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as moedas são os objetos mais comuns ingeridos pelas crianças. As baterias também entram nas estatísticas.
O coordenador da emergência pediátrica do hospital, Helder Silva, explica que produtos de limpeza, como água sanitária e detergentes, também são motivos de preocupação.
Principalmente nesse período de férias, sempre tem um aumento significativo. Não tão somente de moedas, mas como por exemplo também de baterias. É que vem nos preocupar muito mais ainda, porque eu tenho até 6 horas para fazer a retirada dessa bateria. Além da moeda, da bateria, também tem a gestão de produtos abrasivos, como água sanitária, de detergentes.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, mais de 90% dos casos de corpos estranhos atendidos no Hospital Rocha Faria são resolvidos no consultório, sem necessidade de intervenção cirúrgica.
A pasta alerta aos pais que os objetos não causam incômodo imediato, por isso os responsáveis devem ter todo cuidado possível e buscar uma unidade de saúde mais próxima de sua residência em caso de suspeita.
Há três anos, o Hospital Rocha Faria implementou o serviço de endoscopia pediátrica, tornando-se referência regional no Rio de Janeiro.