Estelionatária é presa pela Polícia Civil

Mulher praticava golpes dizendo que era autista e vítima de bruxaria e de uma rede de prostituição

Por Nicolle Timm

Uma estelionatária que praticava golpes dizendo que era autista e vítima de bruxaria e de uma rede de prostituição foi presa pela Polícia Civil. Amanda Maria Sousa Oliveira, que se apresentava como Maria Eduarda e dizia ter 12 anos, era, na verdade, uma mulher de 42 anos.

A polícia chegou até a golpista depois de ser procurada por uma ex-vereadora que tem um projeto social que estava ajudando a suposta menina. Ela buscou a delegacia porque acreditava estar diante de um caso gravíssimo de maus tratos, cárcere privado, bruxaria e prostituição infantil.

A criminosa relatava que havia sido criada em uma casa de prostituição e que tinha sido obrigada, desde criança, a tomar hormônios para "criar corpo". Mas, de acordo com a polícia, o objetivo dela era se aproveitar da solidariedade das pessoas para aplicar os golpes.

No histórico de pesquisa do celular dela, a polícia descobriu que a mulher pesquisava sobre como se comporta um autista e como são os desenhos de quem sofre de depressão e ansiedade. Ela ainda engolia agulhas para dizer que era alvo de bruxaria e escolhia pessoas de boa-fé como vítimas, como explica a delegada Mônica Areal, responsável pela prisão.

Ao investigar o caso, a polícia descobriu que ela já tinha sido denunciada em delegacias de vários estados do país pelo mesmo tipo de golpe e que cometia o crime há pelo menos dez anos. Segundo a delegada Mônica Areal, os registros ajudaram na prisão. A investigação da Polícia Civil de São Paulo, por exemplo, já tinha até mesmo comprovado a farsa da idade por meio de um exame ósseo, como explica a delegada Mônica Areal.  

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