Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, da Universidade do Estado do Rio e da Fundação Osvaldo Cruz concluiu que microalgas podem detectar contaminação nas águas. A pesquisa foi realizada na Baía de Guanabara.
O organismo, também conhecido como dinoflagelado, funciona como indicador de poluição ambiental.
Quando não há condições favoráveis, como a falta de alimentos e de oxigênio disponível, a alga permanece parada na superfície água. Isso significa que o trecho está poluído por resíduos do despejo de esgoto sem tratamento.
Em condições normais, a alga permanece na coluna d'água, área entre a superfície e os sedimentos do fundo do mar, e se reproduz.
O professor de Geociências da UFF e orientador do estudo, José Antônio Baptista, explica que o objetivo da pesquisa é observar como a poluição pode impactar a vida dos organismos da Baía de Guanabara, além de contribuir com projetos de despoluição.
Os últimos trabalhos da pesquisa analisaram amostras do Porto de Niterói, onde foram encontrados metais pesados, como chumbo e cádmio. Já no Canal do Cunha, na Zona Norte do Rio, os pesquisadores constataram alto nível de poluição.
Os dados revelam a importância de monitorar pontos da Baía de Guanabara para identificar qual o poluente responsável pelas alterações ambientais.