Os eventos na casa do vereador do Rio Gabriel Monteiro eram regados à orgias com menores de idade e uso de diversas drogas. É o que afirma o ex-assessor dele, Heitor Monteiro Neto, para a Polícia Civil.
Neto reforçou a versão de colegas de trabalho de que Gabriel tinha preferência por não se relacionar com mulheres maiores de 18 anos. Segundo ele, o youtuber se aproveitava do fato de adolescentes serem fãs dele para assediá-las, e costumava falar que "mulher quanto mais nova melhor".
Nesta quinta-feira, o vereador foi alvo de uma operação da Delegacia do Recreio, que investiga denúncias de assédio moral e sexual, estupros e o vazamento de vídeos íntimos, inclusive com uma adolescente de 15 anos. Ele nega as acusações.
De acordo com os ex-funcionários de Gabriel, o vereador tinha o hábito de filmar as relações sexuais, não se importando com a menoridade das garotas, sendo inclusive algo de conhecimento de todos, já que ele tinha o hábito de mostrar os vídeos para seus seguranças e assessores.
Heitor Neto ainda narrou à polícia que ele tinha o hábito de promover "orgias" em casa, com mulheres tanto maiores quanto menores de idade, onde era comum o uso de drogas variadas, que eram colocadas nas bebidas e consumidas tanto pelas convidadas como pelo próprio Gabriel.
Em depoimentos prestados à polícia, outros ex-funcionários do youtuber contaram que ele, que tem 27 anos, classifica mulheres com mais de 20 anos como 'muito velhas'.
Segundo os ex-assessores, Gabriel sempre soube que uma das meninas que aparece num vídeo íntimo com ele tinha apenas 15 anos e gostava de se vangloriar que ela era o que ele chamava de "sua novinha e sua bebê". Eles falaram, inclusive, que a menor ficava na casa de Gabriel estudando, com uniforme de colégio.
O auxiliar de gabinete Fábio Neder Di Leta disse que esses encontros eram constantes, que a menina já chegava na casa indo direto para o quarto de Gabriel e que já chegou a levar pílula do dia seguinte para ela.
Na casa dele, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, os agentes encontraram armas. Na delegacia, Gabriel falou que o armamento era todo legalizado.
Segundo os ex-funcionários, Gabriel filmava o sexo com várias meninas e exibia os vídeos para os seguranças e assessores. Os ex-funcionários também afirmaram em depoimento que já viram meninas saindo chorando da casa de Gabriel como se tivessem sido estupradas.
Gabriel nega as acusações. Além das questões criminais, Gabriel também está enfrentando um processo ético-disciplinar na Câmara de Vereadores do Rio, que apura quebra de decoro parlamentar e pode levar à cassação do mandato dele.