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Exame indica que empresário morto envenenado tinha morfina e clonazepam no estômago

Investigação aponta que as drogas foram compradas pela namorada dele duas semanas antes do crime

Pedro Dobal

Exame indica que empresário morto envenenado tinha morfina e clonazepam no estômago
Júlia Andrade Cathermol Pimenta se entregou à Polícia Civil
Reprodução/Câmera de Segurança

O exame toxicológico feito no corpo do empresário morto após comer um brigadeirão envenenado indicou que o estômago dele tinha morfina e clonazepam, medicamento também conhecido como Rivotril.

Segundo as investigações, as drogas foram compradas pela namorada dele, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, no dia 6 de maio, cerca de duas semanas antes do crime. O corpo de Luiz Marcelo Ormond foi encontrado em estado avançado de decomposição no dia 20 de maio, no apartamento onde morava.

Júlia Andrade Cathermol Pimenta se entregou à Polícia Civil após uma semana foragida e teve a prisão mantida pela Justiça na quarta-feira (5).

Os investigadores acreditam que o empresário já vinha sendo dopado pela namorada dias antes. Depoimentos de pelo menos três testemunhas corroboram essa versão.

Um porteiro do prédio contou aos policiais que notou uma mudança no comportamento da vítima, que aparentava estar sob efeito de algum medicamento ou droga. O funcionário disse que chegou a questionar o empresário sobre o estado de saúde dele, mas a vítima alegou que estava apenas passando por um problema de pressão.

Uma cabeleireira amiga de Luiz, que trabalha em um salão de beleza próximo ao prédio, disse que observou a vítima sonolenta e "com a fala mole" em pelo menos três dias. Ela chegou a suspeitar que Luiz estivesse usando drogas, mas ele teria negado. Segundo a amiga, o estado dele era parecido com o que ele foi visto pela última vez no elevador do prédio, quando ele chega a se escorar no espelho e dizer que não estava bem.

Um primo de Luiz também afirmou que soube que ele vinha apresentando comportamento estranho, com fala arrastada e aparentemente desorientado.

Quando foi ouvida pelos policiais, Júlia também alegou que notou um comportamento diferente do namorado

A Polícia Civil afirma que Júlia cometeu o crime a mando de Suyany Breschak, cigana suspeita de ter arquitetado o crime. Ela está presa desde a semana passada e era a mentora espiritual de Júlia.

Os investigadores também enviaram um ofício para um hotel no Centro do Rio onde Júlia também teria se escondido.

A Polícia ainda tenta descobrir onde estão as armas que estavam registradas no nome da vítima.

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