Um exame realizado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, não identificou alterações neurológicas no político. A tomografia foi feita na sexta-feira (2). No entanto, o laudo não descarta necessariamente a suspeita de traumatismo craniano.
O ex-presidente do PTB está internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, desde domingo (5), quando deixou o Complexo de Gericinó, na Zona Oeste. Não há previsão de alta. A unidade de saúde disse que não vai divulgar boletim médico. O político está sob escolta policial.
Para o neurologista Saulo Nader, é necessário realizar uma tomografia para descartar totalmente a possibilidade de traumatismo craniano.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da defesa de Roberto Jefferson, após agravamento na condição de saúde dele. O magistrado também proibiu entrevistas, redes sociais, aparelhos eletrônicos e visitas sem prévia autorização judicial, à exceção da esposa e advogados. Na decisão, Alexandre de Moraes destacou que o descumprimento obrigará o retorno ao presídio.
Na sexta-feira, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio enviou os laudos médicos e boletins de atendimento do político ao STF, após determinação do ministro. Segundo o relatório, Roberto Jefferson caiu duas vezes no presídio e precisaria realizar tomografia de crânio seguida de avaliação neurocirúrgica em caráter de urgência. O político teria perdido cerca de 16kg em sete meses. Além disso, o ex-deputado federal apresenta alucinação auditiva e depressão. No entanto, a SEAP disse que não dispõe dos meios suficientes para realizar o atendimento médico necessário ao ex-presidente do PTB.
Roberto Jefferson está preso desde outubro, quando atacou equipes da Polícia Federal em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio, durante cumprimento de um mandado de prisão expedido pelo STF por descumprimento de medidas cautelares.
Em maio, Jefferson foi interrogado em audiência na Justiça Federal e disse que riu quando viu uma policial correndo para tentar fugir da granada lançada por ele.