Explosivos são encontrados dentro de carros próximo a escolas e UPA de Santa Cruz

O Esquadrão Antibombas foi acionado e faz uma varredura no local

Por Pedro Dobal

A Polícia Civil vai investigar a origem dos explosivos de uso exclusivo das Forças Armadas que foram encontrados em dois carros que estavam estacionados em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. 

Os veículos estavam perto de três escolas e de uma unidade de saúde, na região conhecida como João XXIII.  

Dentro de um dos carros, também havia seis galões de gasolina, com 30 litros ao todo. A Polícia Civil suspeita que o combustível seria usado para fabricar armas incendiárias, como coquetéis molotov, ou para potencializar o efeito dos explosivos, em caso de detonação. 

Os policiais apreenderam quatro explosivos do tipo TNT e uma granada de uso militar, outras três granadas artesanais, detonadores, um revólver calibre 32, uma espingarda, mais de 100 munições, carregadores e coletes. 

O objetivo inicial dos policiais era prender os criminosos quando eles entrassem nos carros, mas os agentes preferiram retirar os materiais do local o quanto antes por questão de segurança. O delegado William Rodrigues, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas, explica que os veículos eram monitorados desde a madrugada.   

A ação não impactou o funcionamento das unidades. Segundo a Prefeitura do Rio, as duas escolas da rede municipal não tiveram aulas porque era dia de conselho de classe. Já o colégio estadual que fica próximo teria aulas apenas durante a noite. 

Para a polícia, os materiais apreendidos seriam usados na disputa entre milicianos rivais na região. As investigações apontam que o armamento pertence à quadrilha de Gilson Ingracio, conhecido como Juninho Varão. Ele é apontado como o chefe de uma das milícias que tentam dominar a região do João XXIII depois da morte do miliciano que atuava na área, na segunda-feira (7). 

A principal hipótese é que Renato Venâncio dos Santos, o Jacão, tenha sido assassinado por criminosos ligados ao miliciano Naval, um dos sucessores de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que está preso desde dezembro. 

Um dos seguranças de Naval foi preso na quinta-feira (10), em Inhoaíba, também na Zona Oeste. 

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