
A falta de comunicação entre a torre de controle do Aeroporto Internacional Tom Jobim e a concessionária que administra o terminal é a possível causa da colisão entre um Boeing da Gol e um carro de manutenção do Galeão, no Rio de Janeiro. A avaliação é do engenheiro de risco Gerardo Portela.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) apura as causas do acidente que terminou sem feridos na noite desta terça-feira (11). O voo tinha como destino a cidade de Fortaleza, no Ceará.
A reportagem teve acesso ao áudio de comunicação entre o piloto do avião e a torre de controle.
Um passageiro que estava a abordo gravou o momento em que a aeronave colide contra o carro que estava manobrando na pista.
Logo após a colisão, um outro passageiro também registrou o momento em que o piloto avisa aos clientes sobre a batida.
A companhia aérea GOL afirmou, em nota, que todos os passageiros desembarcaram em segurança e que um novo voo foi disponibilizado para quem optou por seguir viagem até a capital cearense.
Para quem decidiu ficar no Rio, a empresa afirmou que deu assistência para acomodação, transporte e alimentação. A companhia reforçou que está à disposição para colaborar com as investigações do acidente.
Questionada sobre o motivo de um carro de manutenção da RioGaleão estar manobrando no momento de uma decolagem, o que infringe um protocolo da aviação, a concessionária se limitou a dizer que vai aguardar o fim das investigações por parte da CENIPA.
De acordo com a concessionária RioGaleão, os dois funcionários que estavam no veículo envolvido no incidente tiveram escoriações leves, receberam atendimento médico no próprio aeroporto e foram liberados