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Família afirma que há outros agressores de Moïse Kabagambe sendo protegidos

Em depoimento, o tio do congolês espancado até a morte, Yannick Kamanda, argumentou que o vídeo que mostra as agressões contra o jovem foi editado

Gustavo Sleman

Congolês Moïse Kabamgabe foi agredido e morto em quiosque no Rio de Janeiro
Congolês Moïse Kabamgabe foi agredido e morto em quiosque no Rio de Janeiro
Reprodução

Parentes do jovem congolês espancado até a morte em quiosque afirmam que há outros agressores que estariam sendo protegidos. A denúncia foi feita nesta terça-feira (8) durante depoimento do irmão e de um tio de Moïse Kabagambe em audiência da Comissão de Direitos Humanos do Senado.

De acordo com Djodjo Kabagambe, além dos três homens presos e indiciados pelo crime, outras pessoas envolvidas com o caso também deveriam ser detidas.

Na sessão, o tio de Moïse, Yannick Kamanda, argumentou que o vídeo que mostra as agressões contra o jovem foi editado. Ele questionou as decisões tomadas pelo delegado responsável pelas investigações.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio, Álvaro Quintão, também participou da audiência. O advogado também falou de cortes nos vídeos, que segundo ele, teriam sido feitos para atacar a honra de Moïse.

As denúncias foram consideradas graves pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco. O político afirmou que a questão pode ser apurada de maneira mais aprofundada na próxima semana, quando está previsto um encontro de deputados federais e senadores com a família de Moïse no Rio de Janeiro para acompanhar o caso.

Moïse foi morto no dia 24 de janeiro, após ter sido agredido em um quiosque, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Três homens foram presos por participação no crime.

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