Familiares denunciam que uma criança de 2 anos com Transtorno do Espectro Autista sofreu discriminação, ao ser expulsa de uma colônia de férias, realizada no Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte do Rio. Segundo os parentes, a informação de que o menino está dentro do espectro autista foi colocada na ficha de inscrição. A participação dele foi aceita antes do início das atividades.
No entanto, ainda segundo a família, durante o período da "Colônia de Férias do Tio Vital", que teve início na metade de dezembro, os responsáveis expulsaram a criança. A justificativa foi que ela teria mordido colegas.
A mãe do menino, a cirurgiã dentista Erika Kuzsminszky, conta que, de acordo com a administração da colônia, o menino só iria poderia continuar participando das atividades, caso fosse pago um valor de R$ 800 para que uma monitora o acompanhasse.
"Meu filho não poderia permanecer no local se eu não marcar-se com uma monitora permanente com ele no valor de 800 reais. Se eu não fizesse dessa forma, meu filho não seria aceito. Isso me deixou muito frustrada, ele foi discriminado, porque disseram que ele mordia as crianças e chutava as crianças, o que não é verdade, ele nunca fez isso. Uma mãe impotente, sem apoio, que em nenhum momento eu recebi apoio. E se eu estou me sentindo fraca por tanta falta de apoio, imagine outras mães que passam pela mesma situação, precisando de ajuda, de um caminho."
A criança foi expulsa na última terça-feira (2), e a família pretende registrar o caso em uma delegacia.
Procurada pela BandNews FM, a organização da colônia de férias do Tijuca Tênis Clube disse que tudo foi explicado para o jurídico e que o local nunca descrimina e abraça todas as causas.
