A família de uma criança de apenas 2 meses denuncia que a bebê morreu após aguardar por 14 dias uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. O caso aconteceu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A morte de Allana Vasques foi confirmada no domingo (14), devido a uma bronquiolite. A menina estava internada no Hospital Municipal Infantil. Allana deu entrada com dificuldades respiratórias, mas contraiu uma infecção bacteriana e o quadro se agravou nos dias seguintes.
A mãe de Allana, Thalita Souza, denuncia que, além da demora, a unidade enfrenta problemas estruturais. Segundo ela, há baratas no banheiro e moscas na Sala Amarela, onde a filha ficou internada por alguns dias, antes de ser transferida para a Enfermaria e, posteriormente, para a Sala Vermelha.
A família ainda afirma que a recém-nascida, em nenhum momento, ficou em um espaço isolado. A causa da morte foi pneumonia bacteriana, choque séptico e bronquiolite aguda.
Em nota, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que realizou todos os procedimentos necessários, mas que a direção da unidade solicitou a transferência da bebê, assim que o quadro de saúde Allana Vasques se agravou.
Em situações como essa, a regulação de vagas fica a cargo da Secretaria de Estado de Saúde. Procurada, a pasta informou que o pedido para transferência da bebê foi recebido no último sábado (13), um dia antes da morte da recém-nascida. A nota esclarece que o Governo do Rio tentou uma vaga de UTI pediátrica para a pequena Alana, mas não houve tempo suficiente para a realização da transferência.
Sobre as denúncias relacionadas à falta de limpeza no Hospital Infantil, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que a unidade segue todos os protocolos de limpeza e conservação dos espaços.