O empresário Glaidson Acácio dos Santos entrou com processo judicial contra a Igreja Universal do Reino de Deus para que a instituição devolva as doações realizadas pelo ex-garçom. O montante chega a mais de R$ 72 milhões e 300 mil. Além disso, o "Faraó dos Bitcoins'' também pede o pagamento de R$ 200 mil por danos morais.
Segundo a defesa do empresário, a Universal tramava contra Glaidson, ao pedir investigação da origem do dinheiro, sem negar o recebimento dos valores. Para os advogados do "Faraó dos Bitcoins", após solicitar instauração de inquérito policial para investigar a empresa do empresário, a Igreja Universal aceitou receber R$ 30 milhões de Glaidson. Além disso, o documento protocolado na Justiça do Rio diz que a igreja é conhecida pela forma agressiva de convencer os fiéis a realizar doações.
A maioria das doações foram feitas pela empresa G.A.S Consultoria e Tecnologia, no valor de R$ 59 milhões e 490 mil. O restante foi doado pela pessoa física de Glaidson, por meio da conta bancária e cartão de crédito pessoal.
O “Faraó dos Bitcoins” está preso desde agosto do ano passado e é acusado de crimes contra o sistema financeiro e contra a ordem tributária, lavagem de capitais e organização criminosa. As investigações apontam que o esquema teria movimentado pelo menos R$ 38 bilhões, com o envolvimento de centenas de pessoas. O empresário também é réu na Justiça Federal por ocultação de bens em um processo derivado da Operação Kryptos, que teve como principal alvo o "Faraó dos Bitcoins".