A defesa de Maxwell Simões Corrêa Júnior, suspeito de integrar o esquema de exploração de gatonet do pai, o ex-bombeiro conhecido como Suel, afirma que ele não cometeu crime algum. Junior se entregou à Polícia Federal nesta segunda-feira (7).
Suel também é acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco. Segundo a investigação da PF, Junior atuava como emissário do pai nas atividades de sinal clandestino de Internet e TV a cabo e se fazia presente nos bairros de domínio da organização criminosa
O advogado Felipe Souza ainda afirma que Maxwell é motorista de reboque e conhecido por todos em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio.
Mas de acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP, Maxwell Júnior intermediava o contato de Suel com os subordinados, para repassar ordens e para centralizar o recebimento do dinheiro recolhido. A PF ainda destaca que Maxwell Júnior se tornou o principal responsável pela movimentação financeira do esquema criminoso, após as prisões de Ronnie Lessa, em 2019, acusado de atirar em Marielle, e de Suel, em 2020.
Com mais essa prisão, o policial militar Sandro Franco passa a ser o único acusado de integrar o esquema foragido da operação realizada na última sexta-feira (4) pela Polícia Federal e pelo Ministério Público contra o esquema de gatonet. Na semana passada, os agentes prenderam Wellington de Oliveira Rodrigues, o "manguaça", e cumpriram mandados de prisão contra Ronnie Lessa e Suel, já detidos.