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Fiocruz aponta piora no cenário da pandemia no país

Seis estados e o DF estão na chamada zona de alerta crítico de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS

Gustavo Sleman

Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 9 estão na zona de alerta crítico
Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 9 estão na zona de alerta crítico
Pixabay

A Fundação Oswaldo Cruz aponta para piora no cenário da pandemia no país. Divulgada nesta quarta-feira (26), a nota técnica do Boletim Observatório Covid-19 revelou que seis estados e o Distrito Federal estão na chamada zona de alerta crítico de ocupação de leitos de UTI para adultos no Sistema Único de Saúde. 

De acordo com o estudo, a situação é preocupante em Pernambuco, Espírito Santo, Goiás, Piauí, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. O Distrito Federal é o que apresenta o quadro mais grave, com 98% dos leitos destinados para o tratamento de infectados ocupados. Já outras 12 unidades federativas estão na zona de alerta crítico intermediário.

Segundo a pesquisa, as taxas de ocupação se agravaram com um aumento de pelo menos cinco pontos percentuais em 12 estados. No Acre, por exemplo, o número saltou de 25% para 45%, enquanto no Rio Grande do Norte o índice foi de 65% para 83%. Os dados foram coletados entre os dias 17 e 24 de janeiro.

Na análise da pesquisadora do Observatório, Margareth Portela, a situação está nitidamente piorando, embora o avanço da vacinação ajude a desenhar um quadro diferente do de outros momentos mais críticos da pandemia.

No entanto, a pesquisadora Margareth Portela ressalta que apesar da vacinação fazer com que indivíduos se tornem pouco suscetíveis a internações, outros fatores como a idade avançada, comorbidades e o alto número de pessoas que não completaram o esquema vacinal podem gerar pressionar o sistema de Saúde em meio ao aumento de casos devido a variante ômicron.

Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 9 estão na zona de alerta crítico. Brasília e Rio de Janeiro têm as piores taxas de ocupação, em 98%. Outras capitais em situação crítica são Porto Velho, Rio Branco, Macapá, Fortaleza, Natal, Belo Horizonte e Cuiabá.  

Em relação a capital fluminense, a taxa apresentada foi obtida a partir de dados do painel da Secretaria Municipal de Saúde, considerando um total de 486 leitos de UTI Covid para adultos não bloqueados, entre os quais 10 disponíveis, 274 ocupados por pacientes com Covid ativa, 38 por pacientes pós-Covid e 164 com outros diagnósticos.

Nesta quarta (26), segundo dados da Prefeitura do Rio, a cidade contava com 1241 leitos no total, sendo 56 livres, 392 ocupados por infectados pelo coronavírus e outros 113 por pacientes em tratamento pós-Covid.

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