Fogo Cruzado: Campinho teve um confronto a cada dois dias em setembro

Número já é quase um terço da quantidade de tiroteios contabilizados em todo ano no local; em 2022 inteiro, Campinho registrou 36 casos

Por Thuany Dossares

Fogo Cruzado: Campinho teve um confronto a cada dois dias em setembro Ouvinte BandNews FM
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O bairro de Campinho teve um confronto a cada dois dias no mês de setembro, segundo dados da plataforma Fogo Cruzado. O número já é quase um terço da quantidade de tiroteios contabilizados em todo ano no local. Até quinta-feira, 2022 inteiro Campinho registrou 36 casos.

O bairro da Zona Oeste viveu uma semana de tiroteios entre traficantes do Comando Vermelho (CV) e milicianos que disputam o controle das atividades criminosas da região. Nesta sexta-feira (23), a área chegou ao quinto dia consecutivo de confronto.

Segundo o delegado Thiago Neves, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco- IE), os confrontos se intensificaram por causa do interesse dos traficantes em expandir territórios e conseguir fazer um grande complexo em torno da Linha Amarela.

Policiais apuraram que Bruno Silva Souza, conhecido como Tiriça, Honório Pereira de Jesus, o HO, além de dois bandidos identificados apenas como Baby e Matuê, estão coordenando os ataques.

Eles são subordinados a Wilton Carlos Quintanilha, o Abelha, e Edgar Alves de Andrade, o Doca. Os dois são as principais chefias do Comando Vermelho em liberdade e têm interesse na região.

De acordo com as investigações, atualmente, as regiões do Campinho, e o Morro do Fubá, em Cascadura, na Zona Norte, são as únicas áreas que ainda têm influência de grupo paramilitar. Os milicianos são chefiados por Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, que foi preso pela polícia civil, mas quem está gerenciando é Leonardo Luccas Pereira, conhecido como Leléo.

Por conta dos constantes confrontos, a Polícia Militar está ocupando a região. Aulas e serviços também chegaram a ser afetados.

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