Gastos com presentes de Dia das Mães atinge o maior patamar desde 2014

O levantamento foi feito pela Fundação Getúlio Vargas, divulgado nesta sexta-feira (12)

Por Jeane Moraes (sob supervisão)

Gastos com presentes de Dia das Mães atinge o maior patamar desde 2014
Gastos com presentes de Dia das Mães atinge o maior patamar desde 2014
Reuters/Hendrik Schmidt/Direitos reservados

Os gastos com presentes para o Dia das Mães do próximo domingo (14)atinge o maior patamar desde 2014. O levantamento foi feito pela Fundação Getúlio Vargas, divulgado nesta sexta-feira (12).

O ranking da escolha dos presentes é liderado pelo setor de vestuários, como blusas e vestidos.

Segundo a pesquisa, a maioria dos filhos não devem gastar menos do que no ano passado. A estimativa da FGV é de que o consumo supere o de 2022.  

A melhora no mercado de trabalho e o alívio da inflação geral na economia do país são alguns dos fatores citados pela economista do FGV Ibre, Anna Carolina Gouveia.  

 O resultado possivelmente foi influenciado pela melhora do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que a gente teve um alívio da inflação geral que a gente compara com o ano passado. Antes a inflação estava muito mais elevada. Agora ela continua alta, mas melhor em comparação ao ano passado. Além disso, temos um aumento do salário mínimo, o que pode ajudar nas expectativas, nas perspectivas da renda do trabalhador, do consumidor, a impulsioná-lo a demandar e consumir presentes no dia das mães.

Apesar do aumento significativo, a especialista avalia que os resultados poderiam apresentar desempenho superior. No entanto, para ela, a gestão econômica do país é precária.  

Eu avalio como um resultado positivo, mas com uma certa cautela. A gente deve avaliar o dado com uma perspectiva menos pessimista para o consumo. Esse resultado foi disseminado por todas as faixas de renda, mas ele deve ser avaliado com cautela porque a gente tem um cenário ainda econômico muito complicado para o consumidor. Apesar da melhora da inflação em relação ao ano passado, nós ainda temos uma inflação que corrói o poder de compra dos consumidores. Nós temos uma taxa de juros muito elevada que dificulta o crédito no momento em que o consumidor está endividado.  Então todos esses fatores ainda contribuem para que o resultado não seja melhor ainda. 

Pela primeira vez, a estudante Andressa de Oliveira, de 23 anos, conta que conseguiu comprar presente para sua mãe com o próprio dinheiro.

A pesquisa da FGV foi feita com pessoas de todas as faixas de renda familiar, durante os 20 primeiros dias do mês passado. 

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