Gerente de loja na Pavuna é preso em flagrante por crime contra a relação de consumo

Agentes da Polícia Civil encontraram uma grande quantidade de materiais impróprios para consumo no local durante fiscalização

Por Guilherme FariaClara Nery

Gerente de loja na Pavuna é preso em flagrante por crime contra a relação de consumo
Os presos foram denunciados pelo Ministério Público, que defendeu a manutenção da prisão preventiva de todos os denunciados
Divulgação/Polícia Civil

O gerente de uma loja de produtos para churrasco que funciona na Pavuna, na Zona Norte do Rio, é preso em flagrante por crime contra a relação de consumo. Durante uma ação de fiscalização realizada nesta quinta-feira (13), agentes da Polícia Civil encontraram uma grande quantidade de materiais impróprios para consumo no local.  

Ao todo, os policiais apreenderam e inutilizaram aproximadamente uma tonelada de produtos, entre carnes, frangos, queijos e hambúrgueres. Os alimentos estavam fora do prazo de validade.  

A loja, conhecida por ter várias franquias de distribuição do chamado "kit churrasco", também utilizava um antioxidante nas carnes para estender a coloração vermelha delas.  

As investigações para identificar outros envolvidos no crime continuam.

Em janeiro, a Delegacia do Consumidor realizou uma outra operação relacionada a produtos impróprios para consumo. Na ocasião, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão contra sócios de uma empresa de Três Rios, no Sul Fluminense, responsável por comercializar mais de 800 toneladas de carnes estragadas e que estavam submersas na enchente de Porto Alegre. Quatro pessoas foram presas em flagrante.  

As investigações da Polícia Civil apontaram que a empresa se aproveitou da tragédia climática no Rio Grande do Sul, no ano passado, para comprar carne estragada a baixo custo para revender a mercados de todo o Brasil.

Os presos foram denunciados pelo Ministério Público, que defendeu a manutenção da prisão preventiva de todos os denunciados.  

Além da gravidade do caso, uma das testemunhas afirmou ter sido ameaçada, por telefone, após ter prestado seu primeiro depoimento à Polícia Civil.

Na denúncia, assinada na quarta-feira (12), a promotora Mariana Mascarenhas, do MPRJ, argumentou que a prisão dos envolvidos é necessária para garantir o direito das testemunhas de "prestar depoimento livre de ameaças e temor".

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