Faltando quatro meses para o fim da concessão, o Grupo CCR Barcas protocola junto à Secretaria Estadual de Transportes cobrança sobre processo de transição e afirma que o serviço pode ser interrompido. Uma fonte, dentro da pasta, ainda revelou à BandNews FM que este é o segundo ofício em que a empresa cobra providência do Estado.
Em uma de suas primeiras entrevistas, depois de reeleito, o governador Cláudio Castro chegou a afirmar que o serviço de barcas estava em negociação, mas que não haveria hipótese para pensar em problemas para os usuários.
O contrato de concessão do serviço termina em fevereiro de 2023. O Grupo CCR Barcas já havia conseguido, na Justiça, o direito de romper unilateralmente com o compromisso, já que provou déficit financeiro, com a modelagem atual. Apesar da decisão, a empresa optou por não entregar a gestão do serviço até a finalização contratual.
Mas, o Governo do Rio não preparou até agora uma nova licitação e diante das incertezas, pediu uma prorrogação contratual ao Grupo. Ainda assim, faltando quatro meses para o fim do contrato atual, sequer indicou representante para discutir as novas formas de gestão com a CCR Barcas.
O serviço aquaviário do Rio conta com seis linhas e transporta diariamente, em média, 40 mil passageiros. Apesar das promessas do governador reeleito, nos documentos protocolados junto à Secretária Estadual de Transportes e também a Agência Reguladora dos serviços, há preocupação com uma eventual interrupção dos serviços.
A modelagem da licitação em curso foi descartada pelo Governo do Rio. O estudo, realizado para garantir o melhor processo para a população, previa a viabilidade de linhas de barcas em São Gonçalo e Duque de Caxias.
Sobre o contrato atual, o Ministério Público também se manifestou e afirmou que vai cobrar justificativas da Secretaria Estadual de Transportes sobre uma eventual renovação com o Grupo CCR Barcas.