O Governo do Rio vai recorrer da decisão da Justiça que autoriza o retorno de chefes de facções criminosas para presídios estaduais.
A decisão foi tomada após o Rogério Avelino de Souza, conhecido como Rogério 157, ter sido beneficiado por decisão favorável, por unanimidade. Desde 2018, Rogério cumpre pena em um presídio federal de segurança máxima, em Rondônia.
Já Luiz Machado, conhecido como Marreta, está em Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, desde sábado (21) . Ele também conseguiu a autorização de retorno por meio de um pedido à Justiça. Em 2013, Marreta conseguiu fugir por um túnel construído no esgoto do Instituto Penal Vicente Piragibe, que faz parte do Complexo Penitenciário de Gericinó, local onde ele voltou.
O governador Claudio Castro afirma que respeita a decisão, mas vai recorrer o processo.
Em relação a uma possível brecha na lei, o advogado criminalista Reinaldo Santos de Almeida explica que a medida apenas segue os direitos pessoais dos presos e que uma lista com nomes específicos poderia violar esses princípios.
O especialista em Segurança Pública, Paulo Storani, avalia que o retorno de chefes de facção para o Rio pode trazer riscos à sociedade.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança, Ricardo Capelli, também criticou a determinação judicial de retorno de chefes de facções criminosas para o Rio. Ele levou em consideração a crise na segurança que o estado enfrenta.
