Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizar a comercialização dos autotestes para diagnóstico de Covid-19 no Brasil, a Prefeitura do Rio e o Governo do Estado avaliam a possibilidade de realizar uma campanha de distribuição gratuita dos exames.
O secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, classifica a decisão da Anvisa como positiva, mas afirma que ainda não há um estudo que dê sustentação suficiente para justificar a compra dos exames para fornecimento à população. Já o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, não descarta a possibilidade e diz que o assunto ainda está sendo avaliado pela pasta.
Em âmbito nacional, o Ministério da Saúde indicou que não vai disponibilizar o produto gratuitamente. Mas o presidente da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, Carlos Eduardo Gouveia, acredita que alguns estados e municípios devem se mobilizar para comprar os autotestes por conta própria.
A chegada dos produtos às farmácias também não vai ser imediata. Ainda é preciso que as fabricantes peçam à Anvisa o registro dos testes. Apenas depois da aprovação pelos técnicos da pasta, eles poderão ser comercializados.
O presidente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias, Edison Tamascia, considera a liberação dos autotestes um importante passo no combate ao coronavírus.
O CEO da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, Sérgio Mena Barreto, acredita que até março os produtos já poderão ser encontrados nos estabelecimentos. Segundo ele, o preço do autoteste deve ser menor do que o cobrado para realizar o exame nas farmácias.
Representantes do setor farmacêutico afirmam que as negociações com possíveis fornecedores já começaram e fabricantes, como a Roche Diagnóstica e a Vyttra Diagnósticos, se preparam para dar entrada nos pedidos junto à Anvisa. A expectativa das produtoras é que as pessoas tenham acesso ao autoteste cerca de um mês após a aprovação da agência.
