A Secretaria de Estado de Governo exonerou três policiais militares que atuavam no Segurança Presente e na Lei Seca, após uma denúncia de tentativa de suborno feita pelo vereador do Rio Gabriel Monteiro, do PSD.
Segundo o parlamentar, o dono da empresa JS Salazar, responsável pela administração dos pátios e dos reboques na cidade, teria oferecido dinheiro a ele após uma ação de fiscalização. Os três agentes fariam parte do grupo em que o empresário Jailson dos Santos Salazar estava.
Com a decisão da pasta sobre o afastamento, o major Djalma dos Santos Araújo, o soldado Jonatas Olímpio Norberto, e o tenente Renan Bastos de Brito, foram devolvidos à Polícia Militar. A corregedoria interna da PM também instaurou inquérito para investigar a conduta dos militares.
Após a repercussão do caso, a Prefeitura do Rio interrompeu o contrato com a JS Salazar.
Segundo Gabriel Monteiro, a tentativa de suborno ocorreu na noite de terça-feira (8). O parlamentar afirma que foi procurado em casa por Jailson e mais seis pessoas, entre elas os três policiais. De acordo com o vereador, o empresário teria oferecido dinheiro em troca de que Monteiro fizesse vista grossa na fiscalização realizada no pátio legal.
De acordo com Gabriel Monteiro, a abordagem do grupo seria uma tentativa de ocultar as irregularidades encontradas em uma ação de fiscalização realizada por ele no mesmo dia, mas no período da manhã, no pátio da prefeitura em São Cristóvão, na Zona Norte. O vereador disse que recebeu denúncias foi ao local e encontrou diversas irregularidades, como veículos apreendidos sem lacre e sem bateria.
Em um áudio divulgado por Gabriel Monteiro, o dono da empresa teria afirmado que preferia firmar uma parceria, pagando R$ 100 mil ou R$ 200 mil toda vez que o vereador precisasse, do que pagar um valor para que o vídeo não fosse publicado.
O presidente da Comissão de Transportes da Alerj, Dionísio Lins, disse que pedirá uma investigação ao Ministério Público.
A SEOP está montando uma operação de contingência para restabelecer a operação de reboques na cidade. A pasta disse que a retirada de veículos apreendidos ocorre normalmente.
A reportagem não conseguiu resposta da empresa J.S Salazar e aguarda um posicionamento da defesa dos citados.