Passageiros que precisaram dos ônibus para se locomover enfrentaram longo tempo de espera e pontos lotados na cidade do Rio na manhã desta terça-feira (29). À meia-noite, os rodoviários do município entraram em greve. 

Apesar da decisão judicial que determinou a suspensão da paralisação, a retomada da operação dos coletivos foi gradual. 100% da frota do BRT ficou parada. 

Setenta ônibus urbanos, que fazem o trajeto Cesário de Melo, percorriam de Santa Cruz à Alvorada, na Zona Oeste. No Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, alguns passageiros foram pegos de surpresa e não conseguiram chegar a tempo no trabalho. 

Apenas no fim da manhã, a linha 42A, que faz o trajeto de Madureira ao Fundão, via Galeão, voltou a funcionar. O número de ônibus regulares circulando foi subindo gradativamente até atingir a taxa aproximada de 60% da frota nas ruas.

No Rio Comprido, na Zona Norte, a servente Antônia Nunes já perdia as esperanças quando esperava há mais de uma hora o ônibus da linha 607, com destino à Cascadura, para tentar chegar no trabalho.

Na Cidade Nova, no Centro do Rio, circulavam ônibus municipais e intermunicipais, mas, com pontos mais cheios que o normal. O tempo de espera também era maior, como conta a professora Mariah Dantas, que aguardava a chegada do ônibus da linha 315, que vai para o Recreio.

Na Avenida Brasil, entre o Caju e Manguinhos, na Zona Norte, os pontos de ônibus estavam lotados. Um coletivo foi flagrado circulando com o vidro traseiro quebrado no trecho. A cena se repetiu em outros pontos da cidade, com registro de vandalismo por parte de alguns manifestantes. No fim da madrugada, passageiros que aguardavam o transporte em um ponto em Senador Camará, na Zona Oeste, chegaram a ser assaltados.