Grupo que emitia atestados falsos para cultivo de maconha cobrava até R$ 50 mil

Um médico, um advogado, uma recepcionista e um biólogo foram presos na Operação Seeds

Por Marcus Sadok

Grupo que emitia atestados falsos para cultivo de maconha cobrava até R$ 50 mil
A Polícia encontrou 21 pés de maconha dentro da casa do biólogo
Divulgação/Polícia Civil

A quadrilha presa no Rio de Janeiro acusada de emissão de atestados médicos falsos para o cultivo da planta da maconha em casa cobrava até R$ 50 mil pelo esquema.

Quatro pessoas foram presas na Operação Seeds, nessa terça-feira (11): um médico, um advogado, uma recepcionista e um biólogo.

André Vicente de Souza, o biólogo, foi preso em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. A Polícia encontrou 21 pés de maconha dentro da casa dele. Na chegada à Delegacia do Leblon, ele estava com um dos pés de skank na mão e negou integrar a organização criminosa.

O médico Adolfo Antônio Pires, o advogado Patrick Rosa Barreto e a recepcionista Peróla Katarine de Castro, esposa de Adolfo, também foram presos.

Segundo a delegada Camila Lourenço, o médico era responsável por dar laudos médicos falsos para pessoas que não precisavam usar a maconha para fins medicinais, mas plantavam em casa. Ela ressalta que o advogado entrava na Justiça Federal com um pedido de habeas corpus para a liberação e o biólogo ensinava a cultivar a droga.

O inquérito da Polícia aponta que a quadrilha não atuava só no Rio de Janeiro. O grupo é investigado por centenas de outros casos de comercialização dos atestados pelo Brasil.

A Polícia também descobriu que a organização produzia o próprio óleo de cannabidiol para vender nas redes sociais. Os agentes encontraram os cadernos de anotação que indicariam o tráfico.

Os presos negam os crimes. Todos vão responder por extorsão, associação ao tráfico de drogas e falsidade ideológica.

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