Em um cenário de incertezas, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, defende que a guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas não é motivo para alarde sobre os preços do petróleo.
A declaração foi dada a jornalistas após participação no Fórum Permanente do GLP no Rio, do Sindigás.
O conflito em uma zona próxima a grandes produtores tem causado temor nos mercados com a escalada do valor do barril de referência nas últimas semanas. Apesar de não haver envolvimento direto de nações como o Irã, que tem produção média diária de aproximadamente 3 milhões de barris, alguns países árabes têm defendido a causa palestina.
Em maio deste ano, a Petrobras abandonou o chamado Preço de Paridade de Importação (PPI) - fixada na variável do câmbio e do mercado internacional. Desde então, a companhia vem afirmando que não deixará de acompanhar as cotações internacionais. Atualmente, a estratégia comercial da empresa leva em conta o custo alternativo para o cliente e o chamado valor marginal.
Na quarta-feira (18), o barril do tipo Brent chegou próximo dos US$92 - repique de 1,78%. Se a alta no mercado internacional perdurar por muito tempo, a avaliação de integrantes da Petrobras ouvidos pela BandNews FM é de que o reajuste será inevitável. O último aumento para diesel e gasolina no combustível vendido às distribuidoras foi realizado em meados de agosto.
Em declarações recentes, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem dito que o petróleo é refém da volatilidade, por natureza.
O diretor da ANP, Rodolfo Saboia, diz que o mercado de petróleo é muito suscetível aos movimentos internacionais, mas, por enquanto não há motivo para preocupação: "No momento é muito difícil arriscar prognósticos, porque como a gente viu o que aconteceu agora na Guerra da Ucrânia era tudo inesperado, no Oriente Médio também."
"É um mercado volátil por natureza", completa.