O homem morto na Estrada da Covanca, na Zona Oeste do Rio, durante confronto entre policiais e criminosos, era motociclista da Uber há quatro meses e estava a caminho de uma entrega quando o caso aconteceu, na segunda-feira (4).  

A família de Antônio Carlos Nascimento Lima, de 35 anos, acusa a Polícia Militar de atirar contra o homem, enquanto ele se escondia e enviava fotos dos momentos de tensão para a esposa e para a plataforma de entregas, como relatou o cunhado de Antônio, Igor de Souza

A reportagem da BandNews FM teve acesso a uma troca de mensagens entre Antônio e a mulher dele. O motociclista envia uma foto do carro da Polícia Militar, em frente a ele. Paola Nascimento pediu ao marido que saísse do local, até que Antônio não respondeu mais às mensagens.  

O profissional estava na empresa há quatro meses, depois que foi demitido de um hotel, onde trabalhava como manobrista, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele morava lá, com a esposa e um filho, de cinco anos. Neste sábado (09), ele veria a criança se formar na alfabetização. A tia de Antônio, Telma Nascimento, lamentou a tragédia e disse que o sobrinho era um homem honesto e trabalhador..

Segundo a Polícia Militar, agentes faziam ação na Comunidade da Covanca, para verificar denúncias, quando foram atacados a tiros por criminosos. Ainda de acordo com a corporação, depois do confronto, os agentes receberam a informação de um homem morto, na Estrada da Covanca.  

Nessa mesma ação, segundo a PM, quatro suspeitos morreram. Eles chegaram a ser levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiram.  

A Delegacia de Homicídios da Capital investiga a morte de Antônio e tenta descobrir de onde partiu a bala, que atingiu o motociclista.

Em nota, a empresa Uber disse que lamenta o ocorrido e que presta solidariedade à família do profissional.