IBGE: Desemprego cai a 8,3% no trimestre encerrado em maio

O número é a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2015

Por Thuany Dossares

IBGE: Desemprego cai a 8,3% no trimestre encerrado em maio
Desemprego diminui no Brasil
Reprodução/Agência Brasil

O desemprego no Brasil recua no trimestre encerrado em maio e fica em 8,3%, o que representa uma queda de 0,3 ponto porcentual em relação ao trimestre anterior. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (30).  

O número é a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2015. Em relação ao mesmo período do ano passado, a retração foi ainda maior: de 1,5 ponto porcentual. No trimestre encerrado em maio de 2022, a taxa estava em 9,8%.  

Segundo o levantamento, o número de pessoas sem um trabalho no trimestre encerrado em maio foi de 8,9 milhões. Segundo a colunista de economia da Bandnews FM, Juliana Rosa, a taxa de desemprego pode ser considerada baixa. Para ela, o cenário do mercado brasileiro está melhor do que o previsto.  

No entanto, Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, analisa que embora seja um bom resultado, o recuo não significa diretamente mais oportunidades de emprego.  

"Esse recuo agora da taxa de desocupação ele foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho. Então, havendo uma menor pressão sobre o mercado de trabalho, como consequência se registra esse recuo ou essa retração da taxa de desocupação. Não se observou por outro lado uma expansão significativa do número de pessoas trabalhando. Ou seja, a população ocupada na pesquisa, que totaliza 98,4 milhões de pessoas trabalhando, não apresentou variação significativa em relação ao trimestre anterior, permanecendo estável. Ou seja, de fato o recuo da taxa de desocupação ele veio mais da retração do nuemro de pessoas procurando trabalho do que pelo crescimento do número de pessoas trabalhando". 

De acordo com a PNAD, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado é de 36,8 milhões. O resultado é estável frente ao trimestre anterior e demonstra crescimento 3,5% na comparação anual, o que representa mais de 1,8 milhão de pessoas empregadas com carteira assinada.

O rendimento real habitual também mostrou crescimento em comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de R$ 2.723 para R$ 2.901.  

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