IBGE: população brasileira chega à marca de 203 milhões e 62 mil pessoas

O número representa um aumento de 6,5% em relação ao Censo de 2010

Por João Boueri

IBGE: população brasileira chega à marca de 203 milhões e 62 mil pessoas
A população brasileira chega à marca de 203 milhões e 62 mil pessoas
Tomaz Silva/Agência Brasil

A população brasileira chega à marca de 203 milhões e 62 mil pessoas. O dado faz parte do Censo 2022. O número representa um aumento de 6,5% em relação ao Censo de 2010. Os primeiros resultados referentes ao ano passado foram divulgados nesta quarta-feira (28), no Museu do Amanhã, na Zona Portuária do Rio. 

O número de habitantes foi menor do que o previsto anteriormente pelo próprio IBGE, que estimava em 207 milhões os moradores no Brasil.

O Sudeste concentra cerca de 42% da população brasileira. Os três estados mais populosos estão na região: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que somam mais de 81 milhões de habitantes, aproximadamente 40% da população recenseada pelo IBGE.

As cidades de João Pessoa, na Paraíba; Manaus, no Amazonas; e Goiânia, em Goiás, apresentaram os maiores porcentuais de crescimento da população entre 2010 e 2022. O município de São Paulo permanece como o mais populoso, com cerca de 11 milhões e 450 mil pessoas. Das cidades mais populosas do país, apenas Brasília e São Paulo tiveram aumento na população, ao contrário de Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte. A capital baiana foi de terceira para quinta maior cidade do país. 

O diretor de Geociências do IBGE, Cláudio Stenner, destaca que as áreas metropolitanas vêm perdendo moradores nos últimos anos. 

O país apresentou o menor crescimento populacional anual desde o primeiro Censo Demográfico, realizado em 1978. O porcentual foi de 0,52%.

A pesquisadora da escola Nacional de Ciências Estatísticas, vinculada ao IBGE, Angelita Carvalho, definiu a situação como "inércia demográfica".

A taxa de crescimento populacional está em queda desde a década de 1950, quando atingiu o porcentual mais alto da história. Na ocasião, o crescimento populacional médio do país era de 2,99% ao ano.

Os estados do Nordeste e Sudeste apresentaram os menores índices do Censo 2022, com 0,24% e 0,45% respectivamente, e ficaram abaixo da média nacional. O Centro-Oeste apresentou o maior crescimento populacional, 1,23%, em decorrência do avanço do agronegócio. Nos dois Censos anteriores, o Norte liderou o ranking. O estado de Roraima foi o único a superar a marca de 2% na pesquisa.

Já o número de domicílios no Brasil cresceu 34% nos últimos 12 anos. ((O aumento foi registrado em todos os estados e no Distrito Federal. 

Os municípios de Abadia de Goiás e Goiânia, em Goiás; e do Canaã dos Carajás, no Paraná, tiveram um crescimento de mais de 140% no período. Já as três cidades com maior número de domicílios foram São Paulo, com quase cinco milhões; Rio de Janeiro, com cerca de nove milhões e 920 mil; e Salvador, com 926 mil. Ao todo, no Brasil, o IBGE registrou 90 milhões, 688 mil e 21 domicílios durante o período de coleta do Censo 2022.

No entanto, se há 12 anos, mais de 3 pessoas moravam em cada domicílio, o Censo 2022 aponta que esse número caiu para 2,79. O IBGE associou a redução a questões culturais e sociais.

Os recenseadores ainda encontraram 11 milhões e 397 mil domicílios vagos, ou seja, sem moradores. 

A coleta e apuração do Censo Demográfico 2022 foram concluídas no dia 28 de maio deste ano, com 4,23% dos domicílios sem entrevista. O porcentual é superior ao registrado no último levantamento, de apenas 1,6%.

A pesquisa seria entregue em 2020 e foi adiada duas vezes.

O coordenador técnico do Censo 2022, Luciano Duarte, diz que houve resistência da população em colaborar com o levantamento.

O IBGE visitou 106 milhões e 800 mil endereços.

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