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Identidade falsa foi usada por criminoso que sequestrou menina de 12 anos

Em entrevista exclusiva à Band, o pai da jovem disse que objetivo do criminoso era se passar por irmão dela

Por Gabriela MorgadoFernando DavidMariana Albuquerque

O pai da vítima classificou a soltura como uma “injustiça”
O pai da vítima classificou a soltura como uma “injustiça”
Reprodução/Polícia Civil

O pai da menina de 12 anos sequestrada e mantida em cárcere privado no Maranhão afirma que o criminoso usou uma identidade falsa para fingir que era irmão dela. 

Após ser encontrada e voltar para a casa na semana passada, ela contou aos pais que o carro no qual foi levada do Rio de Janeiro para São Luís chegou a ser parado pela polícia no caminho, mas o criminoso mostrou o documento falso ao agente, que permitiu que eles seguissem viagem.

A informação foi dada pelo pai da menina, Alessandro, em entrevista exclusiva à TV Band.

A viagem foi feita por um carro de aplicativo e custou R$ 4 mil. O motorista já foi identificado.

Ainda segundo o pai da menina, há dois anos, ele chegou a proibir a filha de usar o celular, depois de ter encontrado uma conversa dela com o criminoso. No entanto, depois de ela apresentar sintomas de depressão e prometer que excluiria o homem das redes sociais, o aparelho foi devolvido. O pai conta que ele e a esposa nunca suspeitaram que as conversas ainda estavam acontecendo.

Nas conversas, o criminoso chegou a oferecer um celular caro para a vítima, que ainda vive o trauma, como afirma o pai.

A menina desembarcou no Rio na quinta-feira passada (16) e foi direto para a delegacia prestar depoimento. Agora, ela usa o celular com uma supervisão maior dos pais.

Já o criminoso, Eduardo Noronha, de 25 anos, chegou a ser preso, mas foi colocado em liberdade provisória por decisão da Justiça do Maranhão e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. O Ministério Público do Maranhão recorreu.

O pai da vítima classificou a soltura como uma “injustiça”.

A defesa de Eduardo nega as acusações de cárcere e de ter beijado a menina. No entanto, segundo a polícia, ele admitiu que beijou a vítima, o que já é considerado estupro de vulnerável. Um exame constatou que não houve estupro por ato sexual.

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