Responsável por balizar o preço do aluguel, o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) acelera e fica em 0,59% em novembro. No mesmo período do ano anterior, o índice tinha registrado queda de 0,56%. No ano, o IGP-M acumula uma taxa negativa de 3,89%.
Apesar do agregado apontar para um cenário favorável, a estudante Yana Flavia, locatária de um apartamento em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, relata o temor de um eventual aumento.
"Na época que eu procurava por apartamentos foi muito difícil achar um que coubesse no meu orçamento. Mesmo um pequeno ou de dois quartos, já estava de R$2 mil pra cima. Mesmo morando em um que eu consiga pagar estou com um medo constante de os preços aumentarem".
O diesel teve forte influencia positiva no índice, com alta de 6,56%. O coordenador de índices do FGV Ibre, André Braz, fala sobre a contribuição do combustível junto às outras commodities.
"A principal contribuição para elevação do índice veio pelo comportamento das grandes commodities. Primeiro nós temos o óleo diesel, cuja movimentação de preços veio da última orientação da Petrobras. Tivemos também uma alteração significativa no farelo de soja. O outro destaque veio do café, uma commodity importante que subiu 6,36%."
Respondendo por 60% do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que registra variações de preços de produtos agropecuários e industriais nas transações interempresariais, teve aumento de 0,71% em novembro.
Já o índice de Preços ao Consumidor (IPC), que também compõe o índice geral, também apresentou alta: subiu 0,42%, com bom destaque para passagens aéreas. Responsável pela menor fatia do IGP-M, o índice Nacional de Custos à Construção (INCC) apresentou variação de 0,10%.