Apesar de registrar o maior índice de vacinação desde 2018, 10 de 11 imunizantes administrados a menores de 2 anos na cidade do Rio estão com o índice de vacinação abaixo da meta. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, apenas a BCG tem cobertura maior que a recomendada, com praticamente todos os bebês imunizados.
Duas vacinas tiveram queda na cobertura entre 2022 e 2023. A porcentagem de crianças protegidas contra a catapora caiu de 76,5% para 73%, enquanto a da segunda dose da tríplice viral passou de 70,7% para 67,9%. Em ambos os casos, a meta era imunizar 95% do público-alvo. As duas vacinas são aplicadas com 1 ano e três meses de idade, sendo que o reforço da tríplice viral ocorre três meses após a primeira dose.
Para a especialista em gestão de saúde Chrystina Barros, as fake news sobre as vacinas são um dos motivos que dificultam a imunização ampla da população.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destaca que, em 2023, houve um crescimento de 10 pontos porcentuais na cobertura vacinal dos principais imunizantes disponíveis para crianças de até 2 anos.
No caso da vacinação contra a gripe, menos da metade do público-alvo recebeu o imunizante, enquanto a meta era proteger 90%. A prioridade é vacinar crianças, trabalhadores de saúde, gestantes, puérperas, idosos e professores.
Os maiores de 60 anos e as crianças são os grupos com a maior cobertura, de 53%. Já os trabalhadores da educação são o público-alvo menos vacinado, com apenas 31%.
Na região de Santa Cruz, que inclui bairros vizinhos na Zona Oeste, sete em cada 10 moradores que fazem parte dos grupos prioritários estão imunizados, mas na Zona Sul menos de quatro em cada 10 receberam a dose.