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Inflação desacelera e fica em 0,47%, em maio; em abril, valor foi 1,06%

Com isso, o indicador acumula alta de 11,73% nos últimos 12 meses, número abaixo dos 12,13% observados no mesmo período anterior

Gustavo Sleman

Inflação desacelera e fica em 0,47%, em maio; em abril, valor foi 1,06%
Inflação desacelera e fica em 0,47%, em maio; em abril, valor foi 1,06%
Fernando Frazão/Agência Brasil

A inflação do mês de maio desacelerou e atingiu a menor variação mensal desde abril do ano passado. No entanto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo permanece em dois dígitos nos últimos 12 meses.

Segundo o IBGE, a taxa ficou em 0,47% no quinto mês do ano. A maior variação veio do grupo Vestuário com alta de 2,11%.

Porém, o impacto mais significativo veio dos Transportes, já que esse grupo tem mais peso no bolso do brasileiro. Neste caso, o índice foi de 1,34%. De acordo com o levantamento, nesse segmento, a alta foi puxada pelas passagens aéreas, com índice de 18,33%.

Os combustíveis, que também vinham tirando o sono dos motoristas, tiveram uma alta menos expressiva em maio. Segundo o IBGE, a gasolina foi a principal responsável por esse movimento. Em maio, o índice ficou em 0,92%, enquanto, no mês anterior, a taxa havia sido de 2,48%.

Outro destaque da pesquisa foi o de produtos farmacêuticos, com crescimento de 2,51%.

Na análise da economista e colunista da BandNews FM, Juliana Rosa, os números mostram que a inflação segue em alta.

Considerado como um dos principais vilões da inflação, o grupo alimentos e bebidas teve desaceleração de 0,48% em maio e ajudou a conter o índice. De acordo com o IBGE, produtos, que vinham subindo, tiveram quedas expressivas, entre eles, o tomate e a cenoura.

O único grupo a apresentar queda foi Habitação. O motivo é a redução nas contas de energia pelo segundo mês seguido, em função de mudança de bandeira tarifária.

O coordenador e professor de Economia da ESEG, Fernando Umezu, destaca o comportamento da inflação em relação a geografia do país.

A índice acumulado nos últimos 12 meses ficou em 11,73%. De janeiro a maio, a taxa foi de 4,78%.

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