Integrantes de milícia da Zona Oeste são presos

Grupo, que controla as comunidades da Muzema e de Rio das Pedras, arrecada cerca de R$ 750 mil mensais por serviços impostos aos moradores da região por meio de extorsão e ameaças

Marcus Sadok

Suspeitos foram presos pela Draco Divulgação/Polícia Civil
Suspeitos foram presos pela Draco
Divulgação/Polícia Civil

A milícia que controla as comunidades da Muzema e de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, lucra R$ 750 mil por mês apenas com as taxas de luz e água impostas aos moradores. Segundo a investigação, os criminosos cobram R$ 150 por ponto de luz e arrecadam os valores por meio de extorsão e ameaça.

Agentes da Delegacia de Organizações Criminosas Organizadas cumpriram 79 mandados de busca e apreensão, nesta quinta-feira.

O chefe da milícia que cuida das instalações ilegais, Jocemir Sant'Ana de Souza, conhecido como Cemir, está preso. Os agentes analisaram o material apreendido com o miliciano que indiciou a estrutura financeira da organização criminosa.

A Draco também investiga a exploração e monopólio no serviço de postagens pelos correios, que teria até a contratação de uma empresa específica para a distribuição aos moradores, sempre com cobrança irregular do grupo paramilitar.

Segundo o delegado André Leiras, as taxas também vão para o transporte alternativo e até a cobrança de valores aos catadores de lixo reciclável.

Em 2022, a Draco prendeu 19 milicianos de Rio das Pedras e da Muzema. Entre os presos, os chefes Fabiano Cordeiro Ferreira, o mágico; João Henrique Pedro da Silva, o Pezao, André Silva Loback e Bruno Rodrigues Guarany, o Skank.

Os agentes cumpriram os mandados em vários endereços ligados à milícia, inclusive no sistema penitenciário.

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