Interpol não incluiu nome de cônsul alemão Uwe Herbert Hahn na Difusão Vermelha

PF enviou um ofício a Justiça do Rio solicitando mais detalhes e documentos sobre o caso

Christiano Pinho

Cônsul é acusado de matar próprio marido Divulgação
Cônsul é acusado de matar próprio marido
Divulgação

A Interpol ainda não incluiu o nome do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn na Difusão Vermelha pelo receio de desrespeitar eventual imunidade diplomática. 

A BandNews FM teve acesso ao ofício encaminhado pela Polícia Federal para a Justiça do Rio informando que seria necessário enviar mais detalhes e documentos sobre o caso para a Organização Internacional de Polícia Criminal. A Interpol quer se certificar que o diplomata não conta com "imunidade da jurisdição penal".

Uwe, réu por homicídio com dolo eventual triplamente qualificado contra o próprio marido, é considerado foragido no Brasil e voltou para a Alemanha.

A Secretaria Geral da Interpol estabeleceu o dia 16 de setembro como prazo para o recebimento do material e informou que durante a análise o nome de Uwe não será incluído na lista de procurados internacionalmente. No documento, a organização afirma que também vai consultar o Escritório Central na Alemanha sobre a questão de imunidade.

A 4ª Vara Criminal do Rio já encaminhou para a PF o parecer do Ministério de Relações Exteriores entendendo que a imunidade consular não se aplica pois Uwe "teria praticado crime de homicídio qualificado consumado em desfavor de seu companheiro, em contexto distinto do exercício de suas funções consulares". Também foram enviadas a ata da audiência de custódia do alemão e a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra ele.

O juiz Gustavo Gomes Kalil destacou ainda que Uwe foi "solto por excesso de prazo e não pelo reconhecimento de eventual imunidade" e "deixou o Brasil sem qualquer comunicado prévio ao Juízo", mesmo com advogado constituído, "manifestando desrespeito ao Poder Judiciário brasileiro".

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