A Polícia Civil e o Ministério Público tentam descobrir para qual lugar em São Paulo seriam levados os trilhos desviados do Metrô do Rio de Janeiro. Cinco pessoas foram presas, nesta quarta-feira (3), e 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos dois estados.
Entre os alvos está o vereador do Rio Willian Coelho, do DC, que até o início de julho era secretário municipal de Ciência e Tecnologia. Ele deixou o cargo para trabalhar na campanha política da esposa. Agentes fizeram buscas na casa do parlamentar e na Câmara.
O pai dele foi preso durante a ação contra a quadrilha especializada em roubo e furto de cargas. Edson dos Santos Filho foi detido por estar com uma arma sem registro.
Escutas telefônicas colocam o vereador e o pai dele como possíveis interlocutores em um novo desvio de carga do Metrô.
O delegado João Valentim também quer saber como o trilho do metrô seria transportado. Entre outros presos estão empresários acusados de receptação e motoristas de caminhão.
Dois policiais civis de São Paulo que auxiliavam o grupo foram denunciados por corrupção e afastados.
Mais de R$ 1,1 milhão em materiais, principalmente de aço, foram roubados. A Justiça decretou o bloqueio de mais de R$ 1 milhão dos acusados.
Carros de luxo, R$ 15 mil em espécie, três caminhões, documentos e eletrônicos foram apreendidos. Todo o material vai ser periciado para o aprofundamento das investigações.
Procurados, o vereador Willian Coelho e o pai dele não se manifestaram.
A Prefeitura do Rio disse que até o momento não há indícios de ligação dos crimes apurados com a Secretaria de Ciência e Tecnologia. O município informou que está à disposição das investigações.